onselectstart='return false'>

Reflexão Absurda De Paradigmas Destruídos

31 dezembro 2012

0 comentários



O preto e o branco se confundiram em uma metamorfose que foi difícil entender que há um novo começo nestas cores.
Sobre meus ombros tirei o peso do mundo e sem cansar caminhei até o alto da colina pra me encontrar novamente.
Tive a sensação de que me atrasei mais uma vez, infelizmente não foi apenas uma sensação, houve atraso de minha parte e novamente arrependido me escondo atrás de um sorriso sem graça.
De volta, passei por uns caminhos que me trouxeram boas lembranças as quais estavam guardadas pra um momento especial e assim joguei todas as minhas cartas na mesa, sentei no banco pintado de azul e observei o nascer do sol que iluminou a minha cidade que foi construída com o suor de minhas letras e frases combinadas com a cor das nuvens que dançam, que formam formas sem precedentes no meu céu anil.
Nesta minha reflexão absurda de paradigmas destruídos pelos ventos do meu sopro leve, percebi o quanto nós somos frágeis e nos apegamos facilmente na pedra mais próxima para não cairmos no abismo e quando já estamos a salvos não agradecemos o apoio proposto, apenas seguimos adiante e não olhamos pra trás. E quem nos julgou tão bons ouvintes com abraços confortantes se afastou sem um aviso prévio e sou daqueles que não corre atrás dos passos que se foram. Nunca desejei, mas todos são livres para ir embora.
E nesta reflexão abusiva cheia de mim e outrem, cheia de curvas soltas e paradoxos flutuantes, um pensamento distante me encara e com o susto fico imóvel e ele fala pra mim o que há muito eu já sabia, porém por estar muito ocupado não entendia sua mensagem que dizia:
“Incrível que algumas de nossas declarações mais calorosas que foram esculpidas em pedra são cobertas pela poeira do tempo. Assim como tudo que é sólido pode ser desmanchado no ar, os sentimentos gasosos podem ser exalados e perdem a sua essência e consequentemente são esquecidos dentro do baú de carne.”
E com esta formação de idéias me perco em mim pra aprender a soltar e deixar partir, não mais me apegar em momentos de distração onde sou apenas uma fuga de uma  consequente solidão

Desnudo Em Versos

0 comentários



Te negarei um abraço, um pedaço de passos descalços em cacos
Não perpetuarei os meus erros, enganos vindouros em vãos desesperos
Se a vida é contida em pequenas garrafas pra serem vendidas
Me desloco em segundos sem rimas idiotas deixando teu mundo
Sem perceber me deparo com paredes de blocos com os olhos fechados
Devolverei teus prazeres caminhando solto sem voz ou meio rouco
Nem precisa pedir entendo agora, meu lugar não é aqui.
Desnudo em versos cantados exalados se esvai os complexos
Puro, o soco vem em direção da mão o rosto, do rosto a mão
Controversos os sentidos desgastam os sentimentos um dia providos
As linhas curvam o horizonte de cinza caminha um outro sem nome
Solicito um remédio que cure a alma que apague esse tédio
Que me consome por dentro soluços amargos palavras ao vento.
Desvendarei tais palavras que abraçam os braços e quebram a calma
Suprindo os cantos sujos semeando rosas em campos de mudos
Não medirei meu cantar em breve irei, desejo ficar.            
Nem requisito pedidos o tolo se esconde sem haver perigo
Números escalam esta régua infame se vai é cego, não enxerga
Essa tragédia absurda presa em meu calcanhar atravessa a rua
As luzes em noite serena se apagam de vez, sublime, que pena!
Enquanto procuro conselhos os dedos cansados se dobram os joelhos
Os pontos apontam o ponto despontam o tonto cambaleiam juntos
Corrói o sapato usado em seu deserto sofre cansado, coitado
Cadáveres roxos contorcem-se em pleno escuro do vazio
Serpenteiam tortos como alguns peixes no curso do rio
Entenda que o meu sorriso obliquo se desfaz agora
E meu silencio se estende até o findar desta hora
Que teimosamente me atormenta com sua demora.

Sonhos Borrados

30 dezembro 2012

0 comentários


Toquei meu rosto queimado pelo calor do sol intenso e lembrei os caminhos que percorri até chegar aqui neste degrau.
Só não sei quanto tempo leva pra eu...
Desenhei pedaços de sonhos em uma folha branca, mas depois passei a borracha e a folha ficou manchada com os sonhos borrados.
Eu tenho um dom de não criar expectativas para não atropelar meus pés e nem despedaçar meus dedos e nem desperdiçar meu tempo com que(m) não me é útil
Despejando os artigos sobre uma bandeja dourada e não irei entregar meus pontos compostos pelos meus pequenos delírios diante desta falta de atenção
Só não sei quanto tempo leva pra...
E com todos os meus raios de sinceridade não sei exatamente o que será de mim de hoje em diante, apenas há uma viagem para orbitar novamente naquela galáxia distante onde passei um curto período e logo será minha morada absoluta
Só não sei quanto tempo leva...
Me despojei de carências alheias e sentei num banco para ler as ultimas notas dos jornais e vi mortos e vivos dançando sobre o gelo quase derretido.
Só não sei quanto tempo...
Talvez eu tenha feito meu papel e meus serviços não serão mais necessários e saio de cena sem que a platéia perceba minha falta, ninguém jamais percebeu.
Então percorrerei descalço subindo e seguindo o rumo de tudo no combate entre os nossos ossos.
Só não sei quanto...
Não necessito que entendam minhas metáforas apenas desejo que os olhos e ouvidos entendam a essência da mensagem a ser desferida nos rostos como uma flecha lançada do alto de uma colina a qual corta o céu sem ter vergonha e acerta em cheio o peito e assim se pinta de vermelho escarlate.
Só não sei...
Permita-me informar que neste silencio voluntário de palavras cantarei meus pesares em acordes menores e sem intenção de tornar obsoletas as variáveis que circundam toda esta gama de frases inabaláveis que bóiam neste nível raso e dizem por ai que é bem melhor que perecer.
E neste estágio continuo de desconstrução que me absorve totalmente para uma nova realidade desligo a luz fecho meus olhos e tento sublinhar minha mente para tentar sonhar com aqueles sonhos borrados.
Só.      




Somos Feitos De Outono

24 dezembro 2012

2 comentários


Somos feitos de outono.
Somos folhas que se desprendem de suas árvores e bailam pelo ar numa dança infinita e intima.
Sopradas pelo vento balançando e aproveitando os segundos do momento.
Descompassados, flutuamos sobre a melodia rimada naqueles sons nostálgicos.
Sussurrando cada nota transpassada em teus ouvidos e sentir teu respirar desconcertante.
Poderia escrever mil livros sobre teu sorriso
Sorriso lindo que atrai meus lábios que se apressam desesperadamente ao seu encontro.
Feche os olhos e sinta todas estas palavras se encaixarem em teu coração.
Nesta manhã morna cantarei teus sonhos para que meus sentidos despertem com o amanhecer.
Apenas toque as pontas dos meus dedos e com firmeza segure em minha mão para que o mundo não atrapalhe nossos passos e nem seus abalos nos façam perder o equilíbrio nesta rua enflorecida.

Somos feitos de nós que se completa em cada articulação e nossos sonhos se propagam ao pôr do sol.
E em cada estação seremos apenas nós, sem outras definições ou conceitos tolos que não servem de nada.
Irei te conduzir nestes passos cheios de leveza com a certeza de que o céu não será o teu limite. apenas será uma escada para que alcance a felicidade em sua perfeita forma.
Desenharei teu rosto em uma folha que se desprende de sua árvore e baila pelo ar numa dança infinita e intima apenas pra te lembrar que somos feitos de outono.

(In)*

17 dezembro 2012

0 comentários





Soou o clarim e ninguém acordou quando o galo cantou pela terceira vez, apenas ouvi os passos pela sala vazia.
Revirei-me entre meus lençóis e nada ainda entendi sobre os lances de luzes jorrados pelo meu telhado
Sequei meus pensamentos e de uma coisa estou bem certo, não desejo ser apenas um numero para compor uma estatística qualquer que não me traz definição alguma
E posso afirmar que um pouco de boa revolta não faz mal a ninguém.
Cansei meus passos e escrevi no mural da desesperança que havia no saguão pintado de azul-esverdeado.
Coloquei minhas frases com minha ortografia desafinada naquelas linhas tortas e encontrei um caminho que me mostra uma porta entreaberta onde estou tentado a seguir.
Seguir para que um novo horizonte se encaixe perfeitamente em meu pôr do sol,apenas sei que não desejo sentir falta de nada e ninguém,apesar de sentir falta e esta falta de falta me falta tanto.
Nada ainda me prende (mas gostaria que prendesse) aqui por entre estas ruas escuras, mas acho melhor apressar meus passos para que eu venha descansar em breve, mas não há aqui um desespero itinerante, apenas duas coisas que desejo e a balança pende mais para que eu possa pôr meu mundo na mala e seguir em frente.
(In) felizmente meus tons serão reduzidos aqui para que meus acordes possam ser ouvidos em outro lugar



*Imagem por Carolli Márol

Na Moldura da Janela

12 dezembro 2012

0 comentários



Parecia algo superficial, mas os cortes eram profundos do que se podiam ver, seus traços serpenteavam os braços cansados e sobrecarregados de culpas que exalavam pelo seu pequeno paraíso perdido.
Fui ao seu encontro e me senti perdido, afinal, quem não se chocaria ao ver tal cena?
Naquele momento acalmei meu coração que batia tão feroz a ponto de sentir dores no peito... Caminhei.
Nesta rota que fiz, percebi que estou vivendo uma contagem regressiva e quando dei por mim me assustei e tive uma leve sensação de desencanto e ao mesmo tempo de sossego, realmente a vida me tem aprontado algumas surpresas ao longo do meu caminho.
Meus devaneios soltos que comentei com alguns ouvidos que estavam à disposição de minha fala desletrada, sei que ainda há uma decisão a tomar durante este tempo que me persegue no sentido contrário dos meus passos.
Quando sentei ao seu lado decorei seus ombros com meu braço direito e disse que tudo ficaria bem e que aqueles cortes se tornariam cicatrizes e estas ao serem vistas serviriam pra lhe mostrar quem realmente era. Ela simplesmente sorriu um sorriso brando, mas feliz que viu segurança em se expor de forma tão espontânea e serena e eu apenas olhei em seus olhos e esqueci do meu curto tempo que corria constantemente contra mim e lhe disse: Que seja escrito o réquiem das minhas letras, que seja feito o funeral das minhas frases, que seja cantada a nênia das minhas palavras se o amanhã não aparecer,mesmo que em tons cinzentos na moldura da janela do teu quarto.Mais um sorriso e  um abraço apertado.

O Paradoxo Fissurado

05 dezembro 2012

0 comentários


As névoas corroem o céu reluzente cortando o horizonte eclipsando o brilho dos olhos em tons aurora.
Soando como um sopro solitário estilhaçando os tímpanos refletindo os mesmos reflexos reduzindo ao pó aquela esperança não dita.
Obscurecendo pensamentos, criptografando os códigos exposto em binário conforme toda a redundância de uma frase não posta na fôrma cinzenta.
Indisposto o tom desanda corroendo as notas transpassando as pinturas desfigurando rostos.
Cambaleando a nuvem cai de certa forma que o vento nos toma de ponta cabeça e o sangue desce pelos olhos.
Risonho chora choroso ri descontrolado corre na avenida vazia.
Atropelado pelos carros nervosos que cortam o chão enegrecido por pegadas não tão vistas e apagadas pelo tempo que ainda não passou.
O paradoxo fissurado de uma sociedade vã, criticando as cores, implicando sons.
Rimas não rimadas consertam os textos e o desapego apega e só ele sustenta o seu pilar sobre todos os cantos de uma sala oval
Efêmero contraste em preto e branco indisponível além dos ombros.
Com o pessimismo ali na frente, o bobo segue tão descontente com seu bigode desfragmentado, sua mente insana e sábia anda sobre seus saltos.

Letras Palace Hotel

22 outubro 2012

2 comentários



Foi necessário que houvesse colisões entre nossos olhos para que pudéssemos ver o mundo de perto. E o que você vê agora?
Andando sobre a areia que grudava em meus pés descalços fiquei observando os rasantes das gaivotas perto daquela praia que não estamos vendo agora.
Um cheiro de sociedade me veio ao encontro e me despertou questões não respondidas e assim continuei andando sobre a areia que grudava em meus pés descalços.
Ao virar meus pensamentos para esta rota torta não me identifiquei com estes mecanismos postos como obrigação sobre os ombros dos homens e estes se curvavam diante do entretenimento que absorvia sua intelectualidade quase gasta.
Fui dirigindo meu corpo para perto dos holofotes apagados onde a distração era o ator principal da maçante e cosmopolita representação que esse ar repleto de ilusões  dificulta a nossa respiração.E nos cega com a neblina de incoerências,esta não se dissipa facilmente.
Parei e analisei todas estas circunstancia absorto fui remoendo todas as imagens e percebi que uma mente não bem alimentada é igual a uma construção não cuidada. Acaba em ruínas.
Daí então tive uma ideia, construí um edifício de livros, mas ninguém quis alugar uma página para morar,os ignorantes vieram e o explodiu e letras voaram para todos os lados.Quem respirou a fumaça se sentiu liberto,e os ignorantes continuaram sendo o que eram.

Sabor De Céu Derretido

21 outubro 2012

2 comentários




  Teu sorriso sonoro entorpece meus tímpanos e meus sentidos se calam perante tua beleza que não se cansa de ser bela.
Ao ver teu rosto minhas pupilas se dilatam e a forma em que contemplo tua imagem limpa e nítida só reforça meus discursos em formas de pensamentos.
A cada melodia cantada a cada passo teu, transforma teu caminhar em uma sinfonia gostosa de se ouvir,é como se o chão sentisse prazer ao ser pisado ti.
E agora não tenho muita coisa a dizer, para que o clichê não me tome por obsoleto e sem descrições de palavreados contundentes com suas variações e apenas finjo que isso é divertido.
Lançarei sementes de estrelas para que cresçam florestas de constelações para iluminar teu caminho por que quando te vires, minhas pupilas dilatarão novamente e é bom sentir o sabor de céu derretido com gotas de nuvens se derramando pelas bordas.
Desejo decantar canções, soprar silabas como bolhas de sabão, sussurrar nos silêncios de meus gritos ao me desequilibrar de uma corda bamba.
Queria te contar quais são meus medos... Mas...
Espera!
Este não é um bom momento para poder ferir os desenhos das letras aqui formadas, é um momento de uma transmentalização desenfreada.
Ao voltar ao centro de meus pensamentos, suponho que cada hora exalada me faz bem e isso acontece toda vez que abro os meus olhos e ao acordar de um sonho inesperado gostaria de ver tua face diante das minhas retinas molhadas pelo orvalho.
Meu caminho sempre solto onde minhas mãos já não mais se divertem ao se balançar ao sabor do vento elas desejam sem rimas neste momento que haja companhias para seus dedos.

Mortal Elegância

17 outubro 2012

0 comentários



O ruído que desatina em solidão, um suspiro cantado com dissonâncias variáveis.
A alma deleita-se em sua beleza envelhecida e o esplendor se foi.
O amargo dos dias reflete o peso do caminhar pelas ruas vazias.
Entorpecido pela nostalgia dos anos que me envolve em sua atmosfera na qual me calo perante o seu esplendor.
E declamo a nênia com fervor até que as pedras sejam arrancadas de meus olhos, até sentir o beijo  em sua mortal elegância.
Névoas de nada por toda a vizinhança me fazem recair sobre meu sono com uma leve gota de desesperanças e o meu encanto já não há.
Grinaldas de folhas secas repelem em meu manto onde encontro um campo de crucifixos ao redor de exuberantes estatuas chorosas lamentando a frieza de suas existências
E  seus olhos petrificados encaram com furor o caminhar errante do sofrido ser.
Com semblante decaído e coração desfalecido em tristeza, vestindo negro para transparecer sua atual situação decadente na qual suas asas queimam lentamente, esperando sair ileso de onde jaz sem forças.

Uma Saudável Violência

14 outubro 2012

0 comentários





Os sons ecoam pela sala vazia, onde os sofás se encaixam perfeitamente na decoração.
As vozes que já não se encontram nesta casa perderam seus tons e ficaram apenas os ecos nas lembranças.
Houve um tempo que as coisas simples eram simples e nós nem pensávamos em complicar e assim éramos satisfeitos com o que rodeava.
E aqui estou eu com meus pensamentos sendo concretizados em tela branca como uma pintura surrealista nunca vista neste meu plano existencialista
Quando as falanges se descolarem e meus ossos se fragmentarem diante todas estas letras não formuladas sigo assim ao rumo de tudo mesmo tendo o medo de dar certo.
Eu tenho o direito de ser nada, porém não desejo tal coisa pra minha eloquente existência onde meus passos ficam marcados no chão íngreme cheio de equações que entorpecem meus neurônios.
Então eu paro e observo cada palavra sendo distribuída de forma igualitária para que cada espaço seja ocupado de gramaticais esperanças quando a educação falha desta nação não reage neste combate entre travessões e reticências e nem segue o movimento retilíneo uniformemente variado para que não caia em demasia, por isso eu desapego e assim abro todos nossos embrulhos enfeitados com fitas vermelhas.
Saudável violência impactante que transformou em estrelas todas as partes brilhantes de teus olhos que ilumina meu caminho sem que eu possa me perder nestas estradas longínquas e sem direção.
Mas o que importa é saber que serei feliz, mesmo sendo do meu jeito ou do meu conceito ou perspectiva de ver como é a felicidade.
Neste momento escuto lamurias, não as minhas, pois estas deixo pra quem me entende e sabe resolver meus questionamentos um tanto quanto bobos se sem sentido.
Agora depois de toda essa compilação de pensamentos não muitos rebuscados misturados com uma sensação de perda digo que foi um ato sóbrio. 

Vômito das Nuvens

30 setembro 2012

1 comentários



Em um dia ocioso resolvi voar por ai, subi além de nuvens embriagadas de gotas prontas para vomitar a chuva sobre o solo e sobre o solo pessoas corriam desvairadas por causa do vômito das nuvens.
Sem pestanejar, abri os braços e segui adiante onde até mesmo os aviões não suportariam e suas asas de aço são bem mais frágeis que minhas asas imaginárias que desenvolvi em um instante.
Decidi não mais me equilibrar na corda bamba da vida e resolvi então me jogar, pois uma mão para amparo estaria lá embaixo se minhas asas queimassem.
Respirei o ar rarefeito que invadia os pulmões, esqueci meu falso medo de altura e descansei na lua minguante só para poder tomar um fôlego para partir em uma nova jornada de descobrimentos.

Fuga!

Fugi realmente de tudo que me prendia aqui embaixo ou lá embaixo não sei definir onde estou agora, mas essa é uma boa sensação e devo aproveitá-la, mas decidi me recompor em meus horários de devaneios para que um outro momento pudesse voar novamente junto com os pássaros que enfeitam o céu de tua boca.
Lá do alto onde as estrelas cadenciam seus brilhos me lembrei de uns momentos que viam se desnudando em minha mente os quais já estavam quase perdendo o foco e se desmanchando no ar e pude voltar à vida outra vez, sendo que esta já não fazia mais parte de mim.
Para não perder o sentido do que é viver retornei para aquele mesmo ponto de partida que me fez ver o quão ridicularizado está o mundo com sua ilustre soberba a qual enche os olhos de muitos que não conseguem enxergar a si num espelho, seu reflexo embaçado e desfigurado diante de uma face flácida e sem expressão.
E por vários outros motivos pude perceber que minha percepção estava um tanto incorreta e depois disso tudo, agora entendi por que Deus habita nos céus, porque nenhum outro lugar (além dos nossos corações) suportaria seu amor em essência e sua plenitude em excelência.


Incêndio de Ideias

21 setembro 2012

0 comentários




Reli minhas crônicas que expuseram metade de meus contos sem fim e só assim me dei conta que não formulei nenhum soneto vivo ou alguma rara poesia com toques renascentistas.
Fui questionando os pontos fracos da elucidação de meus argumentos falhos prontos a entrar em eclosão com a constelação de Orion devido a uma manobra desregulada, fiz vir à tona meus sentimentos sem me preservar das marés exorbitantes deste mar que permeia este horizonte azulado.
Meu coração queimou após o incêndio de ideias que brotaram de meus neurônios em seu excessivo trabalho de achar razões para sentir e vi que isto foi um desgaste total depois da ultima manchete sem destaques do noticiário sensacionalista.
Estou em busca de uma saída com este meu “plano b”, mesmo sem ter chegado ao local de possibilidades e finalidades ofuscantes que me permitiriam talvez um dia melhorar em alguns termos que não dependem de citações em papéis em branco para serem levados em consideração por algumas pessoas.
Mas não preciso enforcar meus sonhos e desejos ou por à prova minhas declarações diárias por motivos banais vindo de um outro seio que sem mais não me poupou de incertezas que teimam rodear meus pensamentos.
Agora ao invés dos pulsos tento cortar meus preconceitos e seguir adiante e tentar um outro caminho,talvez não precise andar uma longa distância pra encontrar meu posto de descanso, espero não estar buscando em outro lugar algo que sempre esteve perto  de mim.
E agora cansado de tantos parágrafos parados, teimo em dizer que através deste Mar vim amansar a fera para ser morta por um canivete e pra ser sincero escondo minha ignorância em relação aos sentimentos humanos para que eu não saia machucado aqui onde sobrevivo, nesta minha selva de pedras deformada e sem vida outra vez.

Os Resquícios dos Destroços

16 setembro 2012

2 comentários


Fui descolando todas as partes de tecido que estavam sobre aquela mesa vazia e vi que nada era exatamente o que parecia ser sua beleza estava escondida e agora posso ver como realmente ela é com algumas marcas que enfeitam sua superfície e a torna perfeitamente bela.
Segui meu rumo, percorri estradas e pulei obstáculos que por mais que eu tentasse eram maiores que eu e agora estou aqui neste hiato de soluções, apenas observando os resquícios dos destroços que ficaram no caminho atrás de mim.
Às vezes, só às vezes, fico indagando sobre toda a vida que me cerca e o que ela me oferece, coisas, pessoas e ilustrações de um futuro qualquer, que em sua maioria não me traz satisfação.
Vou pela via contrária, desta vez é a correta e tomo cuidado para não pisar nestes cacos, pois não desejo cortar meus pés com os fragmentos do ilusionista que há muito está parado em seu esconderijo.
Uma gota de introspecção vem molhando meus pensamentos corriqueiros, só espero que não se torne em um maremoto e nem inunde minha praia.
O sol queima lá fora e estou cansado de sair do meu casulo, o vento não paira sobre esta estação onde pessoas caminham de um lado a outro procurando um destino a seguir e eu não desejo continuar assim e nem aqui ou em qualquer lugar que não me possa dar guarida ou aconchego de esperanças.
Apenas estou um pouco cansado de muitas coisas, de tanta seriedade nas telas da TV e seus programas de comédias sem sentido, talvez possa um dia parar pra pensar e perceber que o problema de tudo isso seja eu.
Por isso reflito, medito e tento tirar conclusões de varias variações, só para não me tornar tão seco e inexplicável e foi em um monologo que as coisas foram ficando claras...
Às vezes sinto dores, dores de que? De ser assim?Assim como? Assim tão eu.

Orbitando Em Uma Galáxia Distante

12 setembro 2012

4 comentários


Fui em direção a uma galáxia distante, onde pude sentir o calor e o acalanto do melhor abraço, abraço qual desejava há tempos.
Passei despercebido por todos os asteroides que seguiam um outro rumo e não me deram importância,foi algo sensacional ver todos aqueles astros na superfície do meu universo
Permaneci orbitando sem me preocupar com o tempo que levaria, apenas aproveitei o momento de algo não vivido antes, esqueci de mim, apenas admirei o brilho ofuscante daquela galáxia,que era de fato exuberante como vi em meus dias,então assim pude senti-la bem próxima.
Foi como sair de um coma, onde eu vegetava sem perceber e dar de cara com a perfeição imaculada de um sorriso não ensaiado e sentir o entrelaçar de braços em minhas costas.
Observei calado refletindo o bem que essa galáxia me fazia e então pude perceber que meu sistema solar já não é o bastante para mim, há gosto em mim de ter ficado para sempre ali.
Mas fui pego pela falta de oxigênio e em queda livre fui caindo violentamente em direção ao nada, meu satélite despedaçando-se e para meu desespero não havia solo, apenas vazio.
Então voltei para minha realidade e aqui pra mim está difícil de respirar, sinto falta daquele paraíso paralelo onde meus olhos foram abertos para sentir a melhor sensação que pude ter e agora estou submerso esperando o tempo certo de voltar de vez à superfície para ficar orbitando naquela galáxia que me dar forças para continuar, observo esta translação para que o tempo corra e eu saia deste sono profundo permanentemente e te orbitar para sempre.

Dançando Como Átomos Na Cabeça De Um Alfinete

21 agosto 2012

0 comentários



A brisa suave escuta a melodia cantada nesta estação
E veja como somos todos atrapalhados, pois não estamos no mesmo compasso das estrelas
E nem posso deixar de por as vírgulas onde bem quero, mas isso não importa muito
por que estamos dançando como átomos na cabeça de um alfinete
Mesmo que não respondam as minhas mensagens não deixarei de expor minhas opiniões, mesmo que não faça sentido pra alguns.
E não importo com o tamanho das frases ou das camadas de lã que cobrem os meus pés, só quero que respirem a essência vital que rege o universo e mesmo que isso não signifique nada para ninguém esteja certo que as estrelas brilharão durante a noite você vendo ou não.
Notas dissonantes desconsertam os tímpanos da platéia eufórica que pulam no centro do salão tão desesperadamente  que parece que estão pisoteando-se uns aos outros.
Mas com sorriso largo nos lábios saio pela porta lateral para poder apreciar os olhares que zombam de toda essa multidão.

Espetáculo Tardio

15 agosto 2012

1 comentários




Recolhi meus pensamentos que estavam expostos na sala de estar, ela era de cor cinza e tinha um quadro pendurado em tons surrealistas
Fiquei tentando entender de onde surgia todas aquelas questões que brotavam a cada manhã , então me dei conta que ainda não estava dormindo, acordado compondo letras sobre linhas apenas comigo mesmo no escuro do quarto.
Senti meus pulsos se deslocarem para a direita e meu GPS quebrado não mostrou qual seria o caminho correto
Desta forma,vi sentimentos cantados e sonhos revividos nesta noite de chuva fina
E sinceramente me exponho dizendo que adoraria que alguém perdesse a respiração por mim ou até despertasse um leve suspiro sem nenhum compromisso.
Meu coração que cansou destas batidas descompassadas deseja seguir um outro ritmo
Algumas vezes me pediram para que cuidassem dele, mas deixaram ao léu sem conforto
Algumas vezes já o entreguei em algumas mãos, mas o coitado foi rejeitado sem que houvesse direito a réplica
Agora estou aqui vivenciando este circulo experimental e analitico cuidando do meu quebranto, só & só em meu jardim de flores imaculadas
Essa dormência causada pelo silêncio não me deixa nem ouvir minha respiração.
Só para constar,neste momento não há tristeza nas pontas dos meus dedos, são apenas coisas que há muito não dizia nem na frente do espelho devido a falta de coragem ou talvez amor próprio.
Mas a vida continua em seu caminhar e me convence que devo seguir seus passos 
Minha alma desnuda, mostra-se fragilizada diante de teus olhos, que são minha inspiração
Este desabafo de subjetividades absurdas entrelaçam meu cotidiano e assim fico com meu recanto desencantado esperando o sol brilhar mais uma vez.
Sinto que não sinto o que acharia que deveria sentir agora.
Mas será que você guardará as canções que eu fiz pra você?
Tenho esperanças que na proxima manhã irei te abraçar novamente,pois estarei cantando pra você dormir.
Talvez tudo isso seja uma forma de chamar atenção e nada mais,porém é uma forma sincera de correr riscos.
Pausa...
Organizei todas estas frases para que fossem um discurso lógico, percebi que não há muito para ser dito.
Apenas espero que algo neste movimento vazio encontre guarida em uma atmosfera qualquer
para que a chama não se desespere com o medo de se apagar e espero (também) que haja espaço para que meus devaneios possam se expressar com eloquência, mesmo que não haja platéia para aplaudir o fim deste espetáculo tardio.

No Teu Céu

25 julho 2012

1 comentários





Pegue todas as tuas palavras e recite-as no ar
Cate todas as tuas folhas de outono caídas neste chão de concreto
Não foram os antigos que diziam que antigamente as coisas eram melhores?
Resolva tuas tramas enfileiradas naquela direção
Retrate o momento em que tudo se esvaiu e você caiu em devaneio
Pessoas se cansam de pessoas assim como o vento reluta em seguir seu ritmo
Constranja seus descendentes diante das várias rotinas vividas no circulo vital
Recobre os fatos que deixaram tua face vermelha no dia de feriado qualquer
Perguntas feitas e respostas recebidas ponderando no cotidiano
Finja sorrir e minta sobre o clima disposto no teu céu
Caia em reclusão quando a solidão sussurrar teu nome em dias escuros
Não foi o ar que insistiu em entrar em teus pulmões?
Já não me importo tanto com o que deveria me importar tanto
Todos esses dias de desgosto que sobe essas escadas gastas pelo tempo não vivido
Desejo os desafinos dos tons que elucidam tua aurora reluzente
E economizo minha gramática devido à nova ortografia dissimulada.
Tentei me perder esses dias, mas vi que segui a mesma rota de sempre
Descolei nossas almas para que eu pudesse reviver meus momentos e não esperar nada do teu sossego
E abri tuas asas para que pudesse alçar voo naquela colina azul.
Ignore todas as farpas lançadas perante teus passos
Sangre até que a dor seja dissipada por completo.
Quantos questionamentos foram usados para usurpar teus sonhos?
Abra os olhos para ver o horizonte uma vez perdido entre tuas pálpebras
Relembre todas aquelas coisas que nos fez seguir o mesmo caminho sem olhar para trás.

Do Sentido

26 junho 2012

4 comentários







O pesar do meu espirito fez afogar meu coração que ficou à deriva neste oceano de lágrimas.
Fez com que as lamúrias da vida viesse ao meu encontro para que eu sentisse o abraçao glado do demônio azul.
Questionamentos brotaram na superficie dos meus pensamentos os quais eu não achava respostas dentro de mim.
No entanto meu corpo lutava para se mander de pé em terra firme.
Senti a brisa que vinha do sul.Adormeci.
Sei que me desejas e que quer habitar em mim,então me faz tua casa eternamente.
Faz de mim um vaso novo para que as flores não murchem,limpa e põe água pura para que as flores não morram.
Tira de mim esta morte inanimada que não me deixa sentir o teu toque.
Faz parar esta tempestade que inunda a minha alma e me leva para caminha sobre as águas do meu ser e me leve para um lugar seguro.
Perguntas efetuadas,respostas impactantes que acertaram o alvo em cheio fazendo que meu peito se enchesse de esperança.
Me revelaste o sentido do viver.
O alinhamento dos astras faz do eclipse uma manifestação natural,meus propósitos alinhados aos Teus,um evento eternal.
Agora sinto teu beijo quente em meu rosto que equivale a um doce desmaio 
que me leva insanamente a buscar a sanidade para te encontrar.
Costurou os ferimentos que havia em demasia e lançou-me como num salto da simples existência para a vida em sua essência.

Sussurros Segredados

12 junho 2012

0 comentários



Não entendi esta minha insistência de rabiscar palavras que não passam de supostos sussurros segredados aos olhos que observam verdadeiramente a vida e todas as suas cores estampadas no céu
Me perdi nestas linhas que seguem seu rumo sem olhar pra trás para poder me encontrar na beira de um cais qualquer.
Ultimamente minha inspiração tem sido meus pensamentos corriqueiros que trafegam sem olhar os sinais vermelhos que paralisam as avenidas deste espaço infinito.
Canções mudas atravessam ondas de rádios e circulam pelos ouvidos entusiasmados das pessoas de verdade,há pessoas de plástico.
Não que elas sejam descartavéis,mas se auto descartam procurando algo que não é vida e sim ilusão e devaneios.
Escuto a vida tocando a nota certa e a melodia entra devagar pela porta aberta onde eu me encontro e imagino o choque entre o agora e o eterno.
Estava tão desatento que nem vi a hora que a chuva caia com uma dissonante sinfonia a encharcar o asfalto por onde os carros cantavam com seus pneus e fui assim caminhando e observando cada gota que sobrepunha os fios de alta tensão que cortam esta cidade.
Este cansaço que assolam meus ombros só me faz querer meu leito para que eu possa descansar em paz, porém ainda tenho trabalho não feito e este não é o momento para poder me esconder dos desafios vindouros.
E a vida segue seu rumo em uma direção simples,para o alto, pois somente de lá que o socorro vem sem demora.
Cuido para que os meus sentidos continuem sensiveis ao toque de uma mão amiga,que meus ouvidos não estejam audivéis para uma ofensa desferida e assim seguir em frente o caminho que me é proposto e sem demora corro de diante dos meus olhos para que estas lágrimas que insistem em molhar minhas retinas possam estar secas na próxima estação.

Folha Carmesim

11 junho 2012

0 comentários



Acordei cedo e eis que me deparei com meu sorriso falhado no espelho e me perguntei qual seria o motivo daquele sorriso e daquelas formas que o deformava.
Me vi parado diante daquela sala cheia de objetos surreais,não,eu não estava sonhando.
Caminhei pelo portão que seguia para uma rua vazia,cheia de àrvores que com seus galhos varriam as pegadas dos transeuntes que já não estavam lá.
Hoje o dia estava disposto a me provar de tantas maneiras que acho que me perdi em meus argumentos e assim eles foram seguindo seu rumo para além do horizonte retilíneo.
Hoje estou lutando contra as minhas lágrimas com falsos sorrisos e mentiras sobre o tempo,tempo este percorrido de forma bruta e controversa com meus paradoxos completamente repelidos pela luz da 
aurora que invadia o meu quarto escuro
Sinto este abandono que só me traz imperfeições e já não é possível ouvir aqueles cânticos sagrados que outrora cantávamos em desarmonia, mas mesmo assim entendo o teu ponto de vista, mesmo que minha visão esteja embaçada pelos trópicos que insistem em ser tropicais, continuo seguindo em frente pois não ando pela visão, mas por algo que vai além dela.
Talvez meus braços não te alcance mais e não sinta aquele abraço apertado que já foram tão desejáveis.
Me sinto sufocado...
Essa gramática que ilude meus dedos para que façam suas correções e oprimindo-os para que haja pontuações diversificadas nesta folha carmesim.
Vejo todas aquelas notas musicas na parede,riscadas com tinta permanente,porém não há som,mas mesmo assim consigo ouvir teu decantar nas esquinas destas ruas amargas e sem vida,mas assim creio que com esta purificação de teus tons eu possa me encontrar novamente e nos sentir novamente e sermos nós novamente.
É tudo tão fácil de ser entendido e subjugado e nada aceitável pela platéia muda que só pleiteia com gritos ensurdecedores.
Eu ainda não estou preparado para isto...
Ignorância é a felicidade que muitos anseiam, mas uma coisa é digna de ser dita depois de tantas desconexões:Por um momento me senti completo.

O Mundo Na Mala

07 junho 2012

1 comentários


Coloquei o mundo na mala e carreguei por todo o lugar que pisei
As longas voltas que fiz perante minha circunfêrencia pessoal me fez perceber que não sou o centro do universo,essa descoberta me fez muito bem até para meu ego infeliz.
Certa vez ouvi dizer que cada pessoa é uma ilha,já eu descordo desta afirmação,eu sou um forte e só entra quem tem autorização e digo mais quem forçar passagem recebe balas de canhão em sua pequena e frágil embarcação.
Escrevo estas coisas não como ofensa, apenas o flutuar de um pensamento que insiste em perseguir meus neurônios.
Me sinto ferido,sério,sinto-me não tão feliz agora com essas cicatrizes se rompendo devido aos pontos mal feitos no ferimento neste peito quente.
Preciso me concentrar, porém o caos que está lá fora invade minha sala de estar e a sujeira é muito grande pra varrer pra debaixo do tapete
Sentei na beira de um penhasco e abri a mala que carregava e descobri que realmente carregava era a caixa de Pandora com todas suas eloquèncias superficiais feito matizes no céu obscurecido pela noite desta quinta feira sem lua.
Milagrosamente meus passos estão tentando se firmar e penso cá com os botões que não existem em minha camisa "o que será do meu futuro?"
Já não entendo tanto assim as coisas que a vida teima em pôr diante dos meus olhos,então deixo apenas que os mortos enterrem seus mortos próprios e esqueçam os fantasmas que assolam essa sociedade pós-moderna.
Enquanto isso fico procurando por fotografias antigas para relembrar bons momentos que trafegam nas estradas da memória.
Gostaria apenas transceder essas idéias pouco vislumbradas a olhos nus e afirmar que iria até o fim do mundo por ti.
Farei vir a existência toda essa gama desestruturada de sentimentos soltos e estudar os mapas do teu amor para conquistar teu coração de vez.
Por hora apenas escuto o som dos ponteiros do relógio esperando o ressoar do bater dos sinos para dar o primeiro passo na hora certa,no momento exato para não ficar mais uma vez exausto.
E assim fico por aqui depois de externar todas estas coisas fúteis.

Histórias in LOSERmanos*

30 maio 2012

3 comentários






Quando ouvi o inicio da melodia me lembrei do sopro do vento
Foi uma época boa e o sol brilhava intensamente e o amor ardia em meu peito quente.
Era uma mescla de desejo,cores,anseios e sonhos...
Ela me trazia vida,me fazia feliz,ela era a razão de todas aquelas flores que dançavam no meu jardim particular.
Mas hoje habita em mim uma hóspede que faz meu peito doer quando me lembro dos bons momentos naquela estação.
E como um bardo poetizo alto meus melhores sentimentos fartos e faltos
No calor da canção me aqueço quando a nostalgia se pendura em meus ombros largos
Mesmo com essa falta que me causa e me torna em pedaços ainda te espero para ser completo por ti;
Desde o dia que ela se foi meu sol se escondeu nas nuvens vazias que envolviam a atmosfera.
Hoje todas aquelas cores estão desbotadas levando meu mundo e todas as coisas a se tornarem pálidas quando o inverno chegou.








*Desafio criado por Patricia pra escrevermos algo baseado em uma música do Los Hermanos.

Sensibilidades Digitais

24 maio 2012

1 comentários





Meu coração bate fracamente,sem compasso,sem ritmo decente

O vento sopra sua voz em meus ouvidos,me fazendo perder os sentidos
A sensibilidade nas pontas dos meus dedos apagaram minhas digitais
Olho de olhos fechado para mim mesmo,enxergando meus ideais
Línguas de veludo segredam palavras a estátua que de espanto não fala nada
Fica muda,calada...sua boca é um túmulo

Aquele Que Sonha Só

19 maio 2012

0 comentários



As asas quebraram depois do sopro do vento que veio do oeste, eu estava próximo de beijar a lua,mas cai de cabeça no mar da incerteza, estrelas do mar me abraçavam trazendo sua frieza para dentro de mim.
Estou vazio como uma folha em branco, estou tão frio que nem mesmo o fogo me aquece.
Sou aquele que sonha só.
A chuva molha e com suas gotas de tristeza entorpece minha alma, gostaria de pôr todo meu pensamento apaixonante em linha reta, mas com as curvas que a vida me obrigou a fazer,desviei do caminho e parei em uma rua sem saída.
Se eu pudesse ouvir tua voz acalantar meus ouvidos, se eu pudesse acalmar teus nervos nos dias de tempestades,talvez meus passos encontrariam pegadas em terra firme, mas as pedras no caminho me obrigaram a desviar e atravessei a ponte que me levava em direção oposta à tua.
Dedilho teus acordes prediletos e escondo a melodia em meu peito para que não seja roubada e nem ouvida por ninguém e para não me expor sem leveza.
Certa vez ouvi dizer que quando o verão é longo o inverno é maior ainda, eu vivi um longo verão que findou-se esta noite,bem vindo seja meu inverno.
Sou aquele que sonha só.
Repetindo os erros que comenti,sentindo o mesmo medo que outrora senti, repelindo meus segredos pra não chegar à ti, pois eles já não importam mais.
Espero com calma que minha voz encontre o tom que te agrada, espero apenas por esperar dias iguais.
Agora entendo os motivos que as flores murcharam naquela lápide azulada e também entendo os motivos que a primavera renova seu estoque infinito.
Arrisquei-me e risquei-te a face com meus argumentos pessoais, transgredi os direitos que não eram meus e assim fiquei imaginando meu futuro, meu rumo e meus frutos e dormi pra não mais imaginar até onde chegaria.
Agora sinto  meu coração se acalmar e os batimentos voltarem ao seu ritmo normal e apesar de estar rodeado por pessoas me sinto fragmentado e continuo sendo aquele que sonha só.

Pensamentos Lúcidos

03 maio 2012

0 comentários






Foi uma demora imensa para poder traduzir meus pensamentos e decifrar o que se passa dentro de mim, tentei utilizar milhares de argumentos para que a escrita parecesse no minimo sóbria.
Olhei para o lado e vi a estação vazia e me recordo que estou sozinho tentando não cometer os mesmo erros.
Percebi que  neste momento não sou uma boa companhia pra ninguém, nem mesmo para a minha própria sombra que cobre as letras quando estão sendo formadas.
Feridas se rompem e o sangue quente feito o magma escorre lentamente e o que eu achava que estava dando certo,vejo que não era tão certo assim.
E com isso minha respiração fica demasiadamente lenta, eu vejo os átomos que sensualizam  e obrigado respiro o ar que seduz os meus pulmões.
Vagalumes dançam e seu brilho enfeitam o céu enegrecido contrastando com o chão por onde caminho com meus passos não tão firmes.
Outrora quebrei meus dedos no tijolo com um som oco e sem expressão,me sinto como pedra,como nuvem ,sem rastros, sem lágrimas, sangrando,matando leões apenas ouvindo os ecos sem vozes.
Meus paradoxos inflamados contradizendo minhas certezas.
É,eu sei que minhas possibilidades possivelmente serão indisponíveis, só que não estou tão certo no que deveria fazer.
Após esta dissertação incoerente anexo meus pensamentos lúcidos despertados na aurora e envio para o coração que me espera, espero que este coração entenda o recado entregue.

Autenticidade

17 março 2012

0 comentários


Tinha algumas frases formadas,mas elas se dissolveram com as gotas de chuva e pensando descobri que pensar dói e dói muito e descobri da pior maneira possível, pensando demais.
Quando o sol se colocou de pé vi que meus dedos estavam fragmentados e meu coração batendo de forma acalantada suspirando os ares.
Em um segundo senti que todo o tempo tinha me encarado,mas apenas foi a tentativa falha de me constranger.
Sendo assim,colocarei meu coração na geladeira para que ele endureça e esfrie um pouco mais,mas esta sensação de apenas tentar é como ver uma violeta queimando sob as águas.
E uma voz serena me diz que os vencedores nunca desistem,mas ainda há esperança para uma alma não lamentada?
Saio da visão dos holofotes perdendo o foco e eu entendo que esta não é minha obra-prima.
Cada passo dado e cada tom transferido pode te levar a qualquer lugar desde quando se queira estar.
Esses tons cinzentos que ferem minha visão me fazem entender que ainda há muito para amadurecer e assim com todas as minhas ferramentas que ainda não possuo vou com sutileza construir uma estrela pra ti.
Hoje percebo, como de outras vezes,mas desta vez eu digo,que de todas as conquistas feitas pela a humanidade desde o seu inicio você é tudo que eu preciso.
E eis que torno concreto aquilo que era abstrato em minha mente,tudo aquilo que já não mais importa,tudo que a vida mostra por toda a cordilheira azulada.
É com toda esta resistência tão autêntica que exponho meus complexos de contradições e é com toda essa renúncia poética que deixo tudo fora dos padrões.
Eu sei como é difícil encontrar um amigo nesta estação tão quente e vazia,entendo que a vida não nos dá tantas razões para poder nos mantermos vivos,mesmo assim não a culpo,são nossas decisões que definem quem devemos ser em essência.
Aquelas frases formadas que foram dissolvidas com as gotas de chuva,ficaram entalhadas no meu peito e já não há espaço em minha mente para esquecê-las,pois estas mesmas frases se entercalaram com a minha frágil alma.

Dúvidas Aladas

18 fevereiro 2012

3 comentários





Suspirei logo cedo pela manhã e respirei o ar gelado sendo aquecido pelo sol.
Ainda sonolento caminhei entorpecido pelos meus pensamentos meu relógio quebrado me fala que horas são e minha bússola desnorteada me indicava a direção que deveria seguir.
Fui no sentido anti horário dos termos e refleti sobre como todas as cores se misturavam sobre a pequena aquarela.
Hoje sei que é você que traz a harmonia para o meu caos e que faz mostrar minha inocência imaculada e meus constantes defeitos que se ocultava sob o véu da alma
Criarei origamis em tua pele para poder eternizar a arte em ti e se as manifestações dos críticos forem ao teu encontro,apenas ignore a sua ignorância.
Navegarei pelas tuas veias para poder conhecer todo o teu ser, para eu me encontrar e também chegar a ser.
E quando as luzes se apagarem seguirei as pegadas que foram marcadas no chão de neon para sentir novamente o teu sorriso.
Te ofereço meu barco de papel para podermos descobrir outros sete mares,para sairmos ilesos de todas as tentativas de nos machucarmos.
Esse interlúdio silencioso que vem com toda a calmaria me assusta pois não sei o que me espera lá na frente.
Segure minha mão e controle meus batimentos cardiacos e leva pra longe toda essa insegurança que tenho ao te ver,pois tua presença por ser tão bela causa terrores aos meus sentidos que chego a sentir desmaiar diante de ti.
Junte todos nossos pedaços e tire esta dúvida alada que sobrevoa nossas cabeças,tratemos de nossos ferimentos para que eu possa tentar mais uma vez antes que o tempo nos tome de nós.
Nos reflexos dos teus olhos é o melhor ângulo de se ver a vida.

Tortura de Fantoches

04 fevereiro 2012

0 comentários





Os batimentos já não aceleram mais,perdi o folego quando corri todas essas léguas.
A estrada já não é a mesma,as flores murcharam pela falta de chuva,
mas o céu continua cinza mostrando sua beleza fadada.
Estou rastejando,procurando meu horizonte,mas meu caminho está cheio de pedras,mas eu não sou Drummond e não posso escrever um poema sobre elas.
A vida desata todos os nós e os laços se desfazem, sem pedir licença ela arranca os diamantes que há muito estavam em suas mãos e só te resta poeira entre os dedos.
E eu aqui pendurado de cabeça para baixo no meio deste caos enquanto erupções ocorrem na pele da minha mão esquerda.
Estes paragrafos que retornam eternamente em tua  mente um pouco espaçosa te trazem constantes lembranças imortais,talvez a saudade de algo que não aconteceu ou de alguém que jamais te pertenceu.
Sorrisos,só risos,somente eles que refutam minha pragmática alegoria de sentimentos presentes nesta pauta.
E sinceramente não sei mais o que pode ocupar o espaço em branco desta folha quase amarelada pelo tempo tardio.
Não sinto o alívio que costumava sentir,não me esforço mais para sentir,apenas ouço o eco das vozes que cantam em tom menor.
Gostaria que a chuva banhasse nossas almas cálidas e que afastasse essa pedra de tropeço do tamanho da muralha da China.
Ah!Passos que consomem a sola de meus sapatos gastos.
Tortura de fantoches saboreando meu período solitário debaixo deste teto,hoje sinto o peso do céu sobre minhas costas,mas eu não sou o Atlas e não consigo levar o peso do mundo com sutileza e suavidade.
Para ser claro,não me ponho a escrever tudo isto aqui para poder provar nada a ninguém,nem mesmo mostrar meus supostos dramas,apenas digo o que sinto nesta noite fria,calma e com constantes brilhos de estrelas,mas entendo,cada um tem um ponto de vista diferente e não culparia ninguém por isto.
Como adoraria que os dias fossem como os girassóis,que a vida não nos atormentasse com toda sua surpresa e covardia,que fossemos apenas nós.
Mas o medo é que causa toda essa separação,talvez o medo de perder algo que está pra receber ou algo que nunca teve.

Névoas de Nada

10 janeiro 2012

2 comentários





Meu dia lotado de pensamentos tardios,de combates solitários e também de confissões confortantes ao espirito.
Me questionei sobre tantas coisas e uma pergunta pairou e fixou em meu párabrisa ambulante:O que é a vida se não um monte de acontecimentos sem sentidos?
Transcrevi meus pensamentos em alta voz,me escondi na sombra e descobri que estava desnudo debaixo do sol escaldante e sem proteção.
Gostaria que meu Eu-Lírico estivesse escrevendo todas estas linhas que mostram minhas fragilidades,mas ele estava tão ocupado com seus afazeres e resolvi tomar coragem e enfrentar  a corrente do rio e seguir seu rumo contrário.
Gostaria de encontrar razões metafísicas que expliquem todos estes fatos,então violento saudavelmente todos os paradoxos aglomerados nas minhas contradições.
Enquanto nossos ossos se tocarem e causar todo estrago vou dizer apenas que foi um ato sóbrio,algo pensado e calculado com todas as equações formadas nestas névoas de nada.
Me despedaço neste meu comportamento cínico,entrelaçando e me embriagando com teu suco gástrico enquanto me banho nesse mar ácido.
Cordialmente chuto esses questionamento para longe e me reflito no espelho com toda a minha deformação ideológica,que me faz insistir em facilmente em desistir das pessoas e das coisas ainda não conquistadas.
Mas não me refiro aqui neste âmbito quase existencialista a minha preocupação com tudo que desejo,apenas é um vômito de idéias que estavam sufocando-me por dentro.
Vou perdendo pedaços que demorei anos pra poder juntar,mas assim será melhor,talvez esteja apenas guardando as melhores partes para que assim
eu possa me manter sadio e caminhar no Caminho.