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Assuntos Distorcidos

27 fevereiro 2011

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Quando os olhos se perdem em visões turvas e quando os ombros estão pesados
a ponta da caneta perde o movimento retilíneo.
É quando penso na estrada que passei até chegar aqui e sentado de cabeça ao avesso
tento voltar ao começo e componho esse texto sem nenhuma inspiração e as vozes que escuto com assuntos distorcidos,embora não estando em meu abrigo cerro os olhos,sigo em frente mas apenas até aqui.

Ponto Final

26 fevereiro 2011

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Quando abri os olhos e dobrei as pernas os sentidos despertaram todos de uma só vez
Acordei e vi a luz do sol invadindo o quarto pela janela.
Me vi caminhando na floresta cor de jambo e pelas suas folhas de cores variadas
Mas esqueci de coisas que iria falar,apenas lembro de alguns fragmentos então resolvi ser livre nas idéias
Com ossos quebrado e dedos esmagados somente rindo do bailar dos vaga-lumes que se deitam na relva musgosa.
Por todas as mensagens enviadas e ligações não respondidas fiquei imaginando nossas línguas se entrelaçando e gostaria muito de aprender qual idioma elas falariam durante uma luta sem fim num campo de salivas e nesse momento gostaria que o tempo parasse mas mesmo que desligassem todos os relógios o tempo iria correr da mesma maneira de sempre.
Outra coisa que gostaria de fazer seria serpentear sob tua pele quente conforme o trafegar de sangue em tuas artérias.
Fui dançar em um casamento apócrifo e vi que você descobriu que a minha auréola era feita de papel fatiados das fibras.
E as obras de artes que compõem a parede do meu quarto se movimentam toda hora que as ondas vão e vem de forma aleatória.
Para compor meus sorrisos me enfeito de simplicidade e amor próprio mas as pessoas se tornam como muros que encobrem nossa visão e não vemos quase nada a nossa frente.
Mas lembro de teus lábios sorridentes também e vejo aquela muralha de dentes que o deixa mais lindo.
Porém digo que isto aqui não é nada parecido com um poema de amor,também não é o propósito,apenas quero expressar meus pensamentos de forma sensata.
Estou lançando um vômito de idéias que sujam toda esta página com letras que teimam em tornar-se palavras que por sua vez se transformam em frases dirigidas ao vento que espalha todas elas pelos quatro cantos do círculo.
Mas quando meus olhos não arderem de sono e meus dedos calejados pelo bailar sobre teclas falarei de coisas belas e assim talvez transformarei algo no mundo.
Por enquanto deito-me nas areias do tempo e caio para o outro lado da ampulheta só que meu destino não é esse.
Mas não me demorarei falando coisas que impressionam os outros e incomodam a poucos sei que ao findar de tudo que digo aqui verei comentários de granitos em almofadas de penas de cisnes negros.
E com esta liberdade de meus pensamentos também sou livre para por um fim nas minhas palavras e neste momento eu decreto o ponto final.

Pinturas Inexistentes

21 fevereiro 2011

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Emergiram bolhas que fluíram por toda a parte e coloriu o ambiente
Imaginei imagens inimagináveis de pinturas inexistentes
Senti ciúmes de algo que ainda não me pertence mas luto (pelo menos tento) para obter êxito na chegada da corrida.
Senti o cheiro do mar em um lugar totalmente inapropriado e quando olhei pra trás percebi que estava longe demais do horizonte.
E enquanto risco o desenho em formato de coração ouço explicações que eram do meu interesse
E quando atravessei a rua toquei uma mão desconhecida e vi carros que cortavam a avenida de alto a baixo.
Só que o alvoroço dessas vozes incontroláveis discutindo fórmulas exatas passeiam pelo infinito de meus pensamentos e eu nem sei (também já não mais me interessa) em que página estão procurando frases em formação.
Torço para que as almas encontrem suas asas metades e que esses amores sejam recíprocos e que possam transcender a simples unidade das equações aritméticas e desejo por a cabeça nos céus e não os céus dentro da minha cabeça pois receio que esta não suporte maravilhas e venha a explodir e mesmo que a casa seja horrorosa e a pintura não tenha muitas cores eu sei que a brisa tocará nossos rostos mais uma vez.
Então está na hora de riscarmos a parede e expressarmos a mais bela poesia que habita no nosso mais profundo abrigo de sentimentos conhecidos pelas ruas de coração.
Eu me identifico com idéias fúteis e inúmeras piadas sem graça que (creio eu ) são essas (das demais) coisas que traz a beleza para a vida.
E mesmo que os racionalistas usem sua razão para a manipulação de pensamentos alheios eu digo que a própria razão vai trazer a insanidade à tona.
E acabando esta dissertação muda digo que estou voltando ao primeiro estágio da origem.
 

Descrevendo Algumas Coisas (In)Úteis

11 fevereiro 2011

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Hoje imaginei em falar tantas coisas  mas talvez seria preso por excesso de liberdade de expressão.
Deitado na cama  meus pensamentos me fizeram caminhar por nuvens espessas e caminhei sozinho
Decidi meu destino em um minuto e tentei decifrar respostas que me foram ditas
Hoje decidi que cansei de correr atrás do vento,sendo que esse vento sempre corria de mim
Toda vez que chegava perto ele desviava-se de meus braços pegajosos
E esse vento estava sempre anos-luz à minha frente.
Na verdade seria algo muito diferente o que gostaria de falar aqui
mas minhas sinceridades cairiam como uma tsunami em um população ribeirinha
Dia desses ouvi lámurias insensatas por causa de assuntos banais
Eu ouvi tanto que me deu vontade de pular do ônibus,se eu tivesse amor à minha vida eu pularia
Pois ouvir aquilo tudo cansou meus ouvidos e quase sangraram de tantas palavras esmurrando meus tímpanos.
Obtive respostas não dadas e fiz perguntas que imploraram ser expressadas e ainda assim mantive esperanças que me tiraram no mesmo instante.
Mas talvez não me importe tanto como antes e graças ao Bom Pai os passos não foram tão largos assim...Agora estou montando a arquitetura de Ledrínmel com suas torres e vales e montanhas.E com a "graça de uma escultura e a precisão da aritmética" vou parando por aqui pois irei dormir agora.


Folha Verde

07 fevereiro 2011

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Fiquei rabiscando algumas palavras desta folha e fiquei imaginando o que poderia ser escrito aqui
Fiquei deitado no quintal observando as estrelas pintadas com lápis de cor no céu azul de um quadro desbotado.
Senti no peito o poder das palavras desferidas hoje a tarde e quando fui pegar meus cacos que estavam espalhados pelo quarto observei que faltava um pedaço importante.
Ouvi falar de uma viagem mas nem sei se irei, pois minha musicalidade me limita aos acordes básicos não mais utilizados.
E a profundidade de meus pensamentos rasos deixam que a folha verde navegue pelos córregos transparentes.
E a visão que a janela na minha direita me mostra algo que  nunca tinha visto antes ou pelo menos não lembrava
Mas todas as palavras estampadas no quadro branco estão todas embaralhadas como cartas nas mãos de um jogador mas não tento aqui blefar,somente conto coisas que não são tão importantes para os outros.
Mas a cada edição diária da minha vida vou andando a passos largos eternizando meu caminho com flores em sua margem

Sonhos Esparramados De Inverno*

01 fevereiro 2011

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Ela colocou todos os seus sonhos em um vaso de barro
e o pôs em cima da estante, mas este caiu e tudo 
esparramou-se pelo chão
Num segmento arcaico vão enfeitando todas as matrizes
e o som do alarido e das trombetas fazem do ar um monumento invisível.
Como as sombras se encostam no trono das árvores
assim este estranho sono que me incomoda deita-se sobre
as pálpebras que cercam meus olhos
Meu coração bate de forma tão plausível que minhas cordas vocais
entraram em sincronia com o martelo do meu ouvido
depois de ter passado tanto tempo esperando para ouvir
aquela mulher me dizer que ali não era o meu lugar
E com os passos largos e embaraçados sinto-lhes informar
que aqui se findam estas simples concordâncias gramaticais
que fogem ao controle de minhas mãos
Mas o que espero é que haja mais uma primavera quando
a cidade acordar no próximo amanhecer.




*Texto batizado por Kelman Oliveira