onselectstart='return false'>

Cadeira Prateada

20 outubro 2010

4 comentários


A chuva cai e o vento balança as roupas que estão no varal

Enquanto os pássaros se alimentam  para passar o tempo

Vejo invenções e transformações e acordes variados constantemente

Esse frio que queima a pele toca o coração e o faz ferver mais uma vez

E já se passam das dezesseis horas, mas isso em apenas alguns lugares

Mas mesmo assim vejo o mesmo caminho que outrora segui

E esta é a única razão de me sentir em segurança

Nestas linhas que estão meus gritos e anseios são apenas gestos reprimidos

Que não se pode falar para qualquer pessoa, mas para os que cantam com a alma

E a melhor coisa é que não me sinto ignorado aqui, pois cansei de respostas não dadas

Às minhas questões referidas em um momento transversal

Gostaria de fazer uma crônica, mas as criticas superariam o tom azulado de meus pensamentos

Vejo esses movimentos vazios que antes eram tão inspirados e também todas estas desesperadas tentativas de reavivar a chama sem o fogo

Então não me arriscaria em tentar não ser resgatado por filosofias soltas na brisa que anda sobre o mar.

Meus sussurros exclamam e questionam, meus olhos ardem e lacrimejam e o sol se esconde vergonhoso atrás das nuvens cinza deste céu neon.

E não me importo com línguas e sorrisos falsos que se utilizam de pequenas falhas para seu próprio sustento maculado

E mesmo que as portas se tranquem e as luzes se acendam neste cômodo eu sei que a alvorada não deixará de existir e nem que as gotas de orvalho deixarão de brotar nas rosas de outono então ficarei aqui sentado em minha cadeira prateada vivenciando momentos e silenciando os rumores que não me interessam mais.